EM RESPEITO AO COMPANHEIRO DE LUTAS
SINDICAIS E A CORAGEM DE UM AMIGO
Em plena pseudodemocracia brasileira nos deparamos com mais uma
expressão da ditadura pernambucana. Pasmem, ou não, nos deparamos com mais um
ato antidemocrático nas "Republicas Eduardistas", mais um desrespeito
aos trabalhadores. Pais e mães de família que, simplesmente, por usarem farda e
serem militares estão subtraídos do Artigo 5º da nossa Carta Magna.
Um companheiro de lutas, Sargento PMPE Ricardo, é acuado de forma injusta e
desrespeitosa aos seus direitos humanos. Por um infame código militar é lançado
no cárcere numa vergonhosa repetição de atos que 50 anos atrás macularam a
história de nosso país.
Desta forma sufocam e tentam calar o trabalhador, vilmente labutam para
manter a subserviência e o silêncio dos oprimidos. Os herdeiros da ditadura
precisam e querem perpetuar dissimuladamente o regime militar de outrora, que
de fato nunca deixou de existir e ser manobrado pelas elites e de manobrar,
diligenciando contra as instituições e pessoas que lutam por seus direitos, seu
lugar ao sol e a esperança de um dia ter um Brasil democrático e justo com seus
filhos. Ter um país que combata, antes de tudo práticas vergonhosas como estas,
prime pelo fim das hegemonias oligárquicas nacionais ou estrangeiras
legitimadas pela força das nossas instituições governamentais. Até quando a
cúpula de nossas instituições militares
e policiais serão servis ao poder em detrimento do direito e da legalidade em
prol de nosso povo.
Amo o meu país e meu estado, mas me envergonho de nossos governantes e
das forças que ao invés de velarem pela justiça, direito e democracia de nosso
povo, serpeiam entre a subserviência aos poderosos e a falta de moral que
norteiam a maior parte deles. Na mesma linha temo pela perda do estado
democrático de direito e pelo fim da independência das instituições que
deveriam continuar livres e garantir os princípios constitucionais.
Porém, dos milhares de anos luz que precisamos avançar, em termos de
consciência política e maturidade democrática, só avançamos uns poucos
quilômetros. E, considerando o a prisão do Sargento Ricardo, os processos
administrativos que eu respondo por oferecer denúncias e lutar pela
transparência e o direito de presos e funcionários no sistema prisional,
lamento dizer que está difícil acreditar que esta situação vai mudar. Se
vivêssemos em um país sério e bem provável que recebêssemos prêmios e
medalhas de honra ao mérito pela luta que desempenhamos em prol da democracia e direitos humanos.
Mas, no país do faz de conta impera a injustiça e a inversão de valores.
Considerando o hiato de 50 anos entre aquele 1º de abril e hoje tenho de reconhecer que ainda somos felizes, pois certamente se vivêssemos este
momento em 1964 é bem possível que nem o
companheiro Ricardo nem eu estivéssemos contando as histórias de nossas
perseguições políticas e constássemos em mais um rol de desaparecidos daquela
(desta) ditadura. O que não quer dizer que não corremos o risco de constar no
rol dos demitidos e presos desta ditadura branca. Ditadura disfarçada que
domina nosso estado e se alastra por tantos outros rincões de nossa nação. E,
assim como foi no tempo dos coronéis e seus currais vivemos nosso coronelismo
contemporâneo.
Encerro este grito sufocado e mudo beirando o desespero e clamando por
aqueles que de fato e de direito poderiam fazer a diferença e mudar este quadro
sinistro, ajudando-nos a reconquistar a fé e a esperança nas autoridades
brasileiras que ainda se encontram ligadas a verdade, a justiça, a lei e a
democracia em nosso pais. E acima de tudo, temem a Deus e cumprem a máxima do
cristianismo: “amar a Deus acima de tudo e ao seu próximo como a si mesmo”.
Nivaldo de Oliveira Júnior
Presidente do SINDASP-PE
POSTAGEM DO SARGENTO RICARDO
QUE GEROU A PUNIÇÃO. NA DATA DE HOJE (08/04/2014) AINDA SE ENCONTRA DETIDO NO
1º BATALHÃO DA PMPE – RIO DOCE, OLINDA/PE
Segue a postagem
que gerou um conselho de Disciplina e de solução deu 21 dias de prisão, como
também os autos do processo do conselho de disciplina
segunda-feira, 31
de outubro de 2011
CADÊ AS DIÁRIAS DO
PE FOLIA, PMPE?????
A Polícia Militar de Pernambuco -
PMPE pela primeira vez em termos de organização operacional de um evento de
grande porte (PE FOLIA, ocorrido na Orla de Piedade nos dias 15 e 16 do
corrente mês de outubro de 2011) começou bem (exalou eficiência), pois, para
surpresa do efetivo hipotecado ao evento, as escalas, depois de um longo pós
Era da Informática, foram disponibilizadas na Grande Rede Mundial de
Computadores, facilitando a vida do efetivo envolvido no citado esforço
operacional.
Vendo a isso, os Policiais Militares
escalados no tal esforço operacional aplaudiram, num primeiro momento, o que
seria, na seqüência, mais um largo e elogiável passo factível para rumo à
eficiência no emprego do “material” humano, qual seja: a atitude prometida de
depositar, em tempo real, as diminutas diárias de R$ 54,00 conto nas
respectivas contas correntes dos PMs empregados, evitando, com isso, aquele
velho conhecido, humilhante e cansativo ruge-ruge para recebê-las na Tesouraria
do 6° BPM, lá sujeitos a todo tipo de mal-humor e conveniência dos responsáveis
pelo pagamento...
No entanto, “a fêmea ruminante eficiência organizacional
deslocou-se para terreno sáfaro e alagadiço”, traduzo:a vaca foi para o brejo..., chegou a
segunda-feira (pós-evento), nada das diárias; chegou a terça-feira, nada das
diárias; chegou a quarta-feira, nada das esperadas e prometidas diária; chegou,
hoje, sexta-feira, e cadê as danadas das diminutas diária??? Nem sequer
satisfação. Parece até mentira de mal gosto ou piada... mas não é!!
Dentro desse
contexto, recebi diversas ligações e e-mails de inúmeros companheiros
envolvidos no narrado evento (oficiais e praças) solicitando que eu buscasse
uma explicação lógica e racional do Comandante Geral da PMPE, para o estágio de
regresso a outrora velha ineficiência organizacional, em tão-rápida e
diretamente proporcional ao primeiro passo, velocidade da luz...
De logo,
prontifiquei-me em cobrar as explicações, e, na segunda-feira, publicar no meu
Blog as explicações dadas ou não dadas pelo Comandante Geral ou por quem o
representar.
Uma coisa eu digo: “nem diante da possibilidade da fêmea bovina expirar
forte” (Nem que a vaca tussa),
estarei ao lado dos senhores até o recebimento do último centavo dessas
diminutas diárias prometidas e devidas, ok??
Estamos de olho!!!
Sargento Ricardo (Diretor Administrativo da ASSPE)
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